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domingo, 13 de março de 2011
TAMBA - TAJÁ
Na tribo Macuxi havia um índio forte e muito inteligente. Um dia ele se apaixonou por uma bela índia de sua aldeia. Casaram-se logo depois e viviam muito felizes, até que um dia a índia ficou gravemente doente e paralítica.
O índio Macuxi, para não se separar de sua amada, teceu uma tipóia e amarrou a índia à sua costa, levando-a para todos os lugares em que andava. Certo dia, porém, o índio sentiu que sua carga estava mais pesada que o normal e, qual não foi sua tristeza, quando desamarrou a tipóia e constatou que a sua esposa tão querida estava morta.
O índio foi à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé.
Enterrou-se junto com a índia, pois para ele não havia mais razão para continuar vivendo.
Algumas luas se passaram. Chegou a lua cheia e naquele mesmo local começou a brotar na terra uma graciosa planta, espécie totalmente diferente e desconhecida de todos os índios Macuxis. Era a TAMBA-TAJÁ, planta de folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso uma outra folha de tamanho reduzido, cujo formato se assemelha ao órgão genital feminino.
A união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo Macuxi.
SANTARÉM (PA) - A cidade do encontro das águas
Santarém é um dos municípios mais importantes do estado e dono de belezas naturais únicas. Bem na frente da cidade um fenômeno que encanta visitantes e que surpreende os filhos desta terra: o encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas.
A pérola do Tapajós fica no coração da floresta, no encontro dos rios Amazonas e Tapajós. O espetáculo da natureza acontece tão próximo às margens que é possível assistir da orla da cidade.
Em quase toda a extensão da orla de Santarém ficam atracadas centenas de embarcações à espera dos turistas. Mas antes de chegar ao encontro dos dois rios, é possível apreciar a Ilha do Meio, formada há cerca de 15 anos pela correnteza dos rios. Hoje o local tem vegetação e até moradores. Nas margens muitas palafitas e as deslumbrantes vitórias-régias.
A partir de um ponto, próximo a Ilha do Meio, os dois rios passam a seguir caminho juntos sem se misturar. A densidade das águas e a temperatura tentam explicar o fenômeno.
De um lado a água verde-esmeralda do Tapajós e do outro a barrenta do Amazonas.
segunda-feira, 7 de março de 2011
A Pororoca
Pororoca é um fenômeno natural caracterizado por grandes e violentas ondas que são formadas a partir do encontro das águas do mar com as águas do rio. Existem várias explicações para este fenômeno, mas a principal diz que sua causa deve-se à mudança das fases da lua, principalmente nos equinócios que aumenta a propensão da massa líquida dos oceanos proporcionando grande barulho.
Na região Amazônica, ocorre esta elevação de água que chega a 6 metros de altura a uma velocidade de 30 quilômetros por hora. Pode-se prever a pororoca com duas horas de antecedência, pois a força da água vinda da cabeceira provoca um barulho muito forte e inconfundível.
Momentos antes de sua chegada cessa o barulho e então reina o silêncio. Este é o sinal de que é melhor procurar um local seguro para que a força da água não cause nenhum estrago.
O encontro das águas
O Encontro das Águas é um fenômeno que acontece na confluência entre o rio Negro, de água negra, e o rio Solimões, de água barrenta, onde as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km. É uma das principais atrações turisticas da cidade de Manaus.
Esse fenômeno acontece em decorrência da diferença entre a temperatura e densidade das águas e, ainda, à velocidade de suas correntezas: o Rio Negro corre cerca de 2 km/h a uma temperatura de 22°C, enquanto que o Rio Solimões corre de 4 a 6 km/h a uma temperatura de 28°C.
A lenda do Uirapuru
Certo jovem, não muito belo, era admirado e desejado por todas as moças de sua tribo por tocar flauta maravilhosamente bem. Deram-lhe então o nome de Catuboré, (flauta encantada). Entre elas, a bela Mainá conseguiu o seu amor; casar-se-iam durante a primavera.
Certo dia, já próximo do grande dia, Catuboré foi à pesca e de lá não mais voltou. Saindo a tribo inteira à sua procura, encontraram-no sem vida à sombra de uma árvore, mordido por uma cobra venenosa.
Sepultaram-no no próprio local.
Mainá, desconsolada, passava várias horas a chorar sua grande perda.
A alma de Catuboré, sentindo o sofrimento de sua noiva, lamentava-se profundamente pelo seu infortúnio. Não podendo encontrar paz pediu ajuda ao Deus Tupã. Este então transformou a alma do jovem no pássaro Irapuru, que mesmo com escassa beleza possui um canto maravilhoso, semelhante ao som da flauta, para alegrar a alma de Mainá.
O cantar do Irapuru ainda hoje contagia com seu amor os outros pássaros e todos os seres da Natureza
quinta-feira, 3 de março de 2011
A LENDA DO BOTO COR-DE-ROSA
A lenda do boto cor-de-rosa, por possuir um caráter indígena, é muito popular na região Norte do Brasil. Segundo ela, ao anoitecer o boto cor-de-rosa, um famoso mamífero aquático da Amazônia, se transforma em um belo rapaz, de boa estatura e bem vestido, saindo em busca de uma mulher para namorar. O boto sempre usa um chapéu, justamente para esconder os orifícios que o caracterizam como peixe.
Usando de sua grande habilidade como dançarino, o boto sempre flerta uma mulher, então, os dois saem para namorar. Após o passar do tempo, o boto abandona a mulher e retorna para o rio, pois quando amanhece o galante rapaz volta a sua forma de peixe.
Após certo tempo, as mulheres descobrem que ficaram grávidas do boto. Por isso, sempre que uma mulher aparece grávida sem saber quem é o pai da criança, diz-se que ela ficou grávida do boto.
FLORESTA VERDE
A tua voz me faz sorrir,
transitas no som que aflora
levantando da morte
que constrói o futuro
num mundo cinza de cor
Mata exuberante
entristecida pelo pisar
dos que retiram teu verde,
levando ao pó teu tronco,
matando a sede do queimar
Tua seiva desliza lenta
curando males,
anunciando veredas
na bandeira do bioma
Paso a passo
a natureza dança,
na música que voa,
no mosaico do viver,
no dom do sonhar
Karuê
03/03/11
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